quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

É tempo de ler!

Férias é tempo de descansar, visitar familiares, divertir-se com amigos, viajar. Ocupar-se com tranquilidade, passeios e visitas é muito importante. E porque não incluir a literatura nesse roteiro de verão? O livro pode levar a lugares encantados, despertar diversão e curiosidade, apresentar novos personagens e suas realidades. E o melhor, trazem conhecimento. Um "amigo" que deve ser apresentado para a garotada o quanto antes.

Para estimular esses pequenos leitores o período das férias é oportuno, pois as crianças tem mais tempo livre e os adultos uma possibilidade maior de aproximação e interação com elas. Luziette Amarilha, uma das autoras de "Coletânea para Crianças", publicado pela Editora Alvorada, especialista em Fundamentos da Educação e atuante nas áreas da educação infantil, defende que o exemplo e o estímulo por parte dos pais são ferramentas poderosas. "Não adianta cobrar das nossas crianças o que elas não vêem em casa. É importante que elas tenham uma referência. Ler com e para os filhos contribui muito para aguçar o gosto pela leitura", afirma.

E não é uma tarefa fácil. A literatura muitas vezes é tratada com indiferença por parte das crianças nas escolas e acaba tornando-se um fardo em casa. Mas não precisa ser assim. "Gosto muito da frase do romancista Daniel Pennac que defende que 'o verbo ler não suporta o imperativo', ou seja, a leitura não deve ser obrigatória e sim prazerosa. Nas férias encontramos tempo para sentar e ler com os filhos, apresentar escritores e contar histórias", afirma Luziette.

Konrado Herculano Leite é um exemplo de leitor assíduo. Com apenas 12 anos e aluno do 8º ano, o jovem é um pequeno "devorador" de livros. Gosta de ficção científica, filosofia e romances em geral. Neste Natal foi presenteado com o que mais gosta, uma obra de filosofia. "Ler nas férias é bom. Temos mais tempo e menos preocupações de escola, então é melhor para ler. Minha mãe lê para mim desde que eu era bem novinho, aí com sete anos comecei a ler sozinho já, e hoje compartilhamos muitos livros", diz.

O garoto defende ainda que literatura é uma grande aventura. "Eu gosto de jogar vídeo-game, mas prefiro ler porque no jogo geralmente não tem história, não me faz pensar muito. O livro é diferente", complementa.

A especialista em literatura infantil comenta ainda que “diversidade de assuntos e qualidade dos textos são fundamentais na hora de se escolher uma obra para os filhos. Criar hábitos de presentear com livros, visitar bibliotecas e conversar sobre literatura é fundamental para a formação de leitores”. Cleomar Pesente, assessora pedagógica da Editora Alvorada, ressalta a importância da escolha dos livros para despertar o interesse das crianças. "É importante que o livro esteja adequado à faixa etária e aos interesses da criança, seja ficção, romance, biografia. Se o livro não for atraente ou não atender ao gosto do leitor, o resultado será o contrário do esperado", afirma.


Sugestão para leitura

Para uma leitura agradável e, ao mesmo tempo, educativa para seus pequenos, livros como "Kiko, "Carlos" e "Enquanto mamãe não vem" são algumas indicações. "Kiko" é um personagem muito especial, que ganha de seu avô um relógio mágico, capaz de parar o tempo. Ele começa a usar seu presente para evitar acidentes de trânsito, ocasionados pela imprudência de alguns condutores. O livro é indicado para crianças de até nove anos.

Em "Carlos", o pequeno Kiko cresceu e se tornou um adolescente com poderes de sonhar e prever acidentes. Começa então a organizar campanhas na busca de um trânsito mais seguro. Indicado para pré-adolescentes de mais de 10 anos. Já "Enquanto mamãe não vem" relata uma história de adoção e de uma criança que vive com sua avó e vários cachorrinhos. Baseado em histórias reais, o livro trata do cotidiano de crianças que vivem em abrigos. O desfecho da história é feliz e emocionante. A obra é sugerida para crianças de até 10 anos.

Disponíveis na loja virtual da Editora Alvorada, www.editoraalvorada.com.br, e sede da empresa, Rua Antônio Maria Coelho, 623.

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