Escritor relata sua história
e aguarda lançamento em Campo Grande no dia 20 de novembro na Famasul
Ele já foi professor de história, é jornalista,
advogado e fotógrafo. Como se não bastasse, ainda arrumou tempo para
transformar a paixão pelas letras em mais uma de suas atividades. Autor do
livro “Rio Paraguay” e “Fazendas MS”, está agora em processo de pesquisa para o
próximo livro e está auxiliando em outro como colaborador. Estou falando do
ponta-poranense, Luiz Alfredo Marques Magalhães, 56 anos, um dos primeiros a
integrar a lista dos autores da Editora Alvorada. Conheça mais sobre o
escritor:
Luiz Alfredo, em que momento se interessou em escrever livros?
Luiz Alfredo – Poema todo mundo fez e eu fazia os meus desde pequeno. Eu lia muito. Depois, com o tempo, lá na década de 80, comecei contribuindo para o jornal da universidade e cheguei a ser editor de um jornal por um tempo. Acredito que foi neste período que despertou meu interesse. Cronologicamente, foi na década de 80. No entanto, foi somente em 2002 que publiquei meu primeiro livro “Fazendas MS” já pela Editora Alvorada.
Luiz Alfredo, em que momento se interessou em escrever livros?
Luiz Alfredo – Poema todo mundo fez e eu fazia os meus desde pequeno. Eu lia muito. Depois, com o tempo, lá na década de 80, comecei contribuindo para o jornal da universidade e cheguei a ser editor de um jornal por um tempo. Acredito que foi neste período que despertou meu interesse. Cronologicamente, foi na década de 80. No entanto, foi somente em 2002 que publiquei meu primeiro livro “Fazendas MS” já pela Editora Alvorada.
Em seus
livros você realiza todas as etapas sozinho, desde pesquisa, produção à
fotografia. Não é um trabalho muito solitário escrever um livro?
LA – Aparentemente
é solitário. Mas é tanta gente repassando informação que acaba sendo um
trabalho de muita gente. Apesar de fazer a pesquisa sozinho, as fontes e os
depoimentos vêm de pessoas que viveram aquele momento. Grande parte do meu trabalho é feito de
fotografias antigas que busco de acervos pessoais. Ou seja, é o tempo todo
conhecendo pessoas e trocando ideias. Agora, escrever não tem outra maneira, é
preciso silêncio.
Como definiu as 50 propriedades rurais que constam no livro "Mato Grosso do Sul Fazendas"? Afinal, são tantas no Estado.
LA –
Como moramos numa região essencialmente agropecuária, tudo que é voltado neste
sentido tem repercussão. Agora, é inegável que o tema é bom e o livro é repleto
de lindas fotos. Elas são o meio da mensagem. E fazer a garimpagem não foi
muito difícil, pois também nasci em fazenda. Não é um assunto estranho. Escolhi
as mais antigas, tradicionais e que ajudaram a compor nossa história. Aliás,
depois das guardas avançadas (militares), e da igreja, foram os colonizadores
(fazendeiros) que contribuíram para a formação das cidades. E como o sul de
Mato Grosso é relativamente novo, são 200 e poucos anos de colonização, tive a
sorte de conviver com pessoas historicamente importantes que me auxiliaram
neste processo, como por exemplo, Dr. Wilson Barbosa Martins.
Aliás, o MS Fazendas MS foi relançado na Bienal
Internacional do livro de São Paulo. Como foi?
LA – Aconteceu no dia 13 de agosto e foi gratificante ter o trabalho entre os maiores escritores nacionais e internacionais. O púbico foi bem receptivo.
Como você analisa o fato de fazer parte
de uma editora que valoriza o conteúdo regional?
LA – Tive o merecimento de ter sido o primeiro autor a trabalhar com a
Editora Alvorada. Tenho acompanhado esta nova fase da empresa e me sinto grato
por fazer parte desta equipe. Vejo que a editoração está sendo pautada pela
seriedade e profissionalismo. Usando as palavras do mestre José Amilton
Ribeiro, a empresa está me dando tratamento vip, pois nem ele possui uma
assessoria para acompanhá-lo junto à imprensa, e eu estou tendo este
suporte. Sorte nossa que tem esta empresa de tamanho gabarito. E coisa boa não se
esconde muito tempo não.
E qual o seu
próximo livro?
LA – Estou
preparando um material sobre a Cia Matte Laranjeira. Estou na fase de pesquisa,
juntando documentos, fotografias. Apesar de ser uma encomenda, tem um alcance
diferente. Será baseado em fatos históricos, repleto de fotografias antigas e
com tamanha importância histórica. Farei pesquisa de campo no Brasil, no
Paraguai e na argentina, pois foi uma multinacional de seu tempo. Acho que vai
ser um ótimo livro, com tema maravilhoso. Muita gente escreveu a respeito, mas
para minha sorte, usarei um material fotográfico que ninguém tem.