quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Conheça o autor do livro "Mato Grosso do Sul Fazendas" - Luiz Alfredo Marques Magalhães




Escritor relata sua história e aguarda lançamento em Campo Grande no dia 20 de novembro na Famasul

Ele já foi professor de história, é jornalista, advogado e fotógrafo. Como se não bastasse, ainda arrumou tempo para transformar a paixão pelas letras em mais uma de suas atividades. Autor do livro “Rio Paraguay” e “Fazendas MS”, está agora em processo de pesquisa para o próximo livro e está auxiliando em outro como colaborador. Estou falando do ponta-poranense, Luiz Alfredo Marques Magalhães, 56 anos, um dos primeiros a integrar a lista dos autores da Editora Alvorada. Conheça mais sobre o escritor:

Luiz Alfredo, em que momento se interessou em escrever livros?
Luiz Alfredo –
Poema todo mundo fez e eu fazia os meus desde pequeno. Eu lia muito. Depois, com o tempo, lá na década de 80, comecei contribuindo para o jornal da universidade e cheguei a ser editor de um jornal por um tempo. Acredito que foi neste período que despertou meu interesse.  Cronologicamente, foi na década de 80. No entanto, foi somente em 2002 que publiquei meu primeiro livro “Fazendas MS” já pela Editora Alvorada.

Em seus livros você realiza todas as etapas sozinho, desde pesquisa, produção à fotografia. Não é um trabalho muito solitário escrever um livro?
LA – Aparentemente é solitário. Mas é tanta gente repassando informação que acaba sendo um trabalho de muita gente. Apesar de fazer a pesquisa sozinho, as fontes e os depoimentos vêm de pessoas que viveram aquele momento.  Grande parte do meu trabalho é feito de fotografias antigas que busco de acervos pessoais. Ou seja, é o tempo todo conhecendo pessoas e trocando ideias. Agora, escrever não tem outra maneira, é preciso silêncio. 

Como definiu as 50 propriedades rurais que constam no livro "Mato Grosso do Sul Fazendas"? Afinal, são tantas no Estado.
LA – Como moramos numa região essencialmente agropecuária, tudo que é voltado neste sentido tem repercussão. Agora, é inegável que o tema é bom e o livro é repleto de lindas fotos. Elas são o meio da mensagem. E fazer a garimpagem não foi muito difícil, pois também nasci em fazenda. Não é um assunto estranho. Escolhi as mais antigas, tradicionais e que ajudaram a compor nossa história. Aliás, depois das guardas avançadas (militares), e da igreja, foram os colonizadores (fazendeiros) que contribuíram para a formação das cidades. E como o sul de Mato Grosso é relativamente novo, são 200 e poucos anos de colonização, tive a sorte de conviver com pessoas historicamente importantes que me auxiliaram neste processo, como por exemplo, Dr. Wilson Barbosa Martins.

Aliás, o MS Fazendas MS foi relançado na Bienal Internacional do livro de São Paulo. Como foi?
LA – Aconteceu no dia 13 de agosto e foi gratificante ter o trabalho entre os maiores escritores nacionais e internacionais. O púbico foi bem receptivo. 

Como você analisa o fato de fazer parte de uma editora que valoriza o conteúdo regional? 
LA – Tive o merecimento de ter sido o primeiro autor a trabalhar com a Editora Alvorada. Tenho acompanhado esta nova fase da empresa e me sinto grato por fazer parte desta equipe. Vejo que a editoração está sendo pautada pela seriedade e profissionalismo. Usando as palavras do mestre José Amilton Ribeiro, a empresa está me dando tratamento vip, pois nem ele possui uma assessoria para acompanhá-lo junto à imprensa, e eu estou tendo este suporte. Sorte nossa que tem esta empresa de tamanho gabarito. E coisa boa não se esconde muito tempo não.

E qual o seu próximo livro?
LA – Estou preparando um material sobre a Cia Matte Laranjeira. Estou na fase de pesquisa, juntando documentos, fotografias. Apesar de ser uma encomenda, tem um alcance diferente. Será baseado em fatos históricos, repleto de fotografias antigas e com tamanha importância histórica. Farei pesquisa de campo no Brasil, no Paraguai e na argentina, pois foi uma multinacional de seu tempo. Acho que vai ser um ótimo livro, com tema maravilhoso. Muita gente escreveu a respeito, mas para minha sorte, usarei um material fotográfico que ninguém tem.  

2 comentários:

  1. Prezados Senhores,
    Conheci Luiz Alfredo Marques Magalhães em 2005 na Fazenda Iguaçu no Mato Grosso do Sul. Ele entrevistou meus pais, José Eugênio de Zayas d'Harcourt e Claude Bernanos que tinham uma indústria de essências aromáticas na Fazenda Serradinho no município de Bonito. Gostaria, se possível, entrar em contato com o Luis Alfredo. Meu e-mail é pilarzbernanos@gmail.com
    Atenciosamente
    Pilar

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